7 Filmes para celebrares o Dia da Europa

Uma lista com o cunho da Septima para assinalares o aniversário da Declaração Schuman.

Hoje, 9 de maio, celebra-se o Dia da Europa. O assinalar deste dia está relacionado com a Declaração Schuman, proferida por Robert Schuman, neste dia, em 1950. Na altura, Schuman era o Ministro Francês dos Negócios Estrangeiros e a sua declaração viria a dar origem à CECA, Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que, juntamente com a CEE (Comunidade Económica Europeia), forma o que é a origem da atual União Europeia.

A paz mundial não poderá ser salvaguardada sem esforços criadores à medida dos perigos que a ameaçam.

Foi com estas palavras que Schuman iniciou um discurso que ficou na história da Europa. Podes lê-lo na íntegra aqui.

Apesar de qualquer razão ser boa para ver bons filmes, decidimos celebrar este dia tão importante com uma seleção dos 7 melhores filmes de países da União Europeia, escolhidos por todos os colaboradores da Septima. Incluímos os filmes produzidos no Reino Unido pré-Brexit, bem como coproduções em que pelo menos um dos países faça parte da UE.

Cinema Paradiso” (Itália, 1988) | Dir: Giuseppe Tornatore

Este filme segue a vida de Totó que, fascinado pela sétima arte, passa os seus dias nos bastidores da sala de cinema da sua cidade italiana.

A magia da experiência cinemática e a forma singular como nos une ao longo de várias gerações é abordada de uma forma cuidada e especial, e ainda hoje “Cinema Paradiso” é uma das maiores declarações de amor que o cinema já recebeu.


La Haine” (França, 1995) | Dir: Mathieu Kassovitz

La Haine é um filme que representa simultaneamente uma das grandes valências e problemas deste nosso continente. O filme relata sobre as iniquidades sofridas pelas pessoas dos subúrbios de Paris, seguindo o dia de três amigos de etnias e contextos históricos diferentes, sem que os mesmos apresentem preconceito pelas ideologias uns dos outros.


The Dreamers” (França/Itália/Reino Unido, 2003) | Dir: Bernardo Bertolucci

A melhor maneira de celebrar a Europa através do cinema é por meio de filmes que se debrucem sobre a própria arte. “The Dreamers” segue a história de 3 jovens cinéfilos focando-se nas vontades carnais de revolução e sexualidade dos mesmos, na cidade que viu nascer o cinema.


Ida” (Polónia/Dinamarca/França/Reino Unido, 2013) | Dir: Pawel Pawlikowski

Ida refere-se à vida como um album antigo. Traz-nos à memória emoções indescritíveis, como o cheiro do tabaco, o toque da primeira dança a dois, o trago de uma bebida forte. Revela uma jornada, uma deslocação a um sítio que outrora foi nosso mas que parece totalmente novo. O preto e branco é conferido por enquadramentos etéreos que nos recordam das memórias que não sabemos ter.


Holy Motors” (França/Alemanha, 2012) | Dir: Leos Carax

De vez em quando surge uma obra única, incomparável, que retemos na memória pela sua tamanha originalidade, relembrando que o cinema ainda tem muitas histórias para contar e muitas formas de o fazer. Assim é Holy Motors, de Leos Carax, um filme que retrata um dia na vida de Oscar (Denis Lavant), um homem misterioso que ao longo de um dia assume diferentes personas.  É um bizarro no melhor sentido possível e sem dúvida essencial.


Party” (Portugal, 1996) | Dir: Manoel de Oliveira

A poesia é escrita sobre poder e controlo, numa transição entre a intensidade dos desejos e o desinteresse completo das personagens umas nas outras. A sátira em torno da expressão  “uma mulher à antiga” é vincada pelos textos de Agustina Bessa-Luís. Tudo é um jogo de composição e descomposição de pares, num discurso de corpos e palavras que se apaixonam como se nunca tivessem ouvido falar de amor.


Three Colours: Red” (França/Polónia/Suiça, 1994) | Dir: Krzysztof Kieślowski

Valentine é uma jovem modelo, em “Three Colours: Red” – e a personificação daquilo que é a fraternidade. A pura bondade e esperança. Joseph Kern é um juiz reformado e um desistente na fé de que existem pessoas boas. Apesar de distantes eles cruzam-se, e o mestre leva-nos a questionar o que é que na vida não é obra do destino. É o último filme do realizador Krzysztof Kieślowski, e o que encerra a prestigiada trilogia sobre os ideais revolucionários franceses: Liberté, Égalité, Fraternité!

Que outros filmes achas que poderiam estar aqui? Deixa as tuas sugestões nos comentários.

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